
domingo, 13 de março de 2011
Regime Jurídico da Namorada do Amigo (RJNA) - Parte I

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Boas entradas
Vimos desejar-vos umas boas entradas no novo ano de 2011.
Por muito más que as coisas aparentem vir a ser, lembrem-se que em 2012 vai tudo piorar porque o mundo vai acabar.
Após este interregno de 4 meses n'O Legislador Ordinário, esperamos vir a ter mais algum tempo para este blog de maneira a podermos agradar aos nossos 4 leitores.
Abraço e até para o ano.
O Legislador
O Ordinário

terça-feira, 27 de julho de 2010
Novo blog
terça-feira, 6 de julho de 2010
Verão e roupa de gaja

terça-feira, 8 de junho de 2010
Natureza jurídica da burrice

quinta-feira, 27 de maio de 2010
Como fazer uma oral de melhoria
Noto que o principal problema nas orais de melhoria é a atitude com que se vai para lá.
Muita gente vai com uma insegurança tal que acaba por não conseguir evitar que as perguntas vão calhar exactamente à matéria que pretendem evitar.
Apresento, portanto, a minha sugestão para conseguirem entrar na sala ou no anfiteatro com uma confiança tal que, mesmo que não saibam nada, vão deixar os Professores ou Assistentes hesitantes em vos mandarem embora sem subir a nota.
Fiz um breve vídeo a representar o que se passa na minha mente quando vou fazer melhorias e espero que funcione convosco também.
Cumprimentos,
P:S - Tem de ser visto com som, senão é particularmente estúpido.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Criações jurisprudenciais

“Como a decisão (recorrida) não desenvolve o seu raciocínio – talvez por o considerar óbvio -, não se percebe quais as objecções colocadas à integração do crime. Se é por o visado não ter cornos estar-se-ia então perante uma tentativa impossível? Parece-nos evidente que não.” “Será porque por não ter cornos não tem de ter medo, já que não é possível ser atingido no que não se tem ?”. “Num país de tradições tauromáquicas e de moral ditada por uma tradição ainda de cariz marialva, como é Portugal, não é pouco vulgar dirigir a alguém expressão que inclua a referida terminologia.
Assim, quer atribuindo a alguém o facto de “ter cornos” ou de alguém “os andar a pôr a outrem” ou simplesmente de se “ser como” (…) tem significado conhecido e conotação desonrosa especialmente se o seu detentor for de sexo masculino, face às regras de uma moral social vigente, ainda predominantemente machista”. “Não se duvida que, por analogia, também se utiliza a expressão “dar um tiro nos cornos” ou outras idênticas, face ao corpo do visado, como “levar nos cornos”, referindo-se à cabeça, zona vital do corpo humano.
Já relativamente à cara se tem preferido, em contexto idêntico, a expressão «focinho»”. “Não há dúvida de que se preenche o crime de ameaças (…) uma vez que a atitude e palavras usadas são idóneas a provocar na pessoa do queixoso o receio de vir a ser atingido por um tiro mortal, posto que o local ameaçado era ponto vital”.
Portanto, a utilização da expressão cornos vem da tradição tauromáquica portuguesa e do cariz "marialva" tipicamente português. Questão óbvia: se eu ameaçar dar um pontapé nos tomates deste juiz, estarei a ser influenciado pela forte tradição agrícola portuguesa?
Repare-se no carácter formalista e completamente destacado da realidade de um juiz que na expressão "dar um tiro nos cornos" não vê uma ameaça, devido à inexistência de proeminências osteo-cranianas na testa de um indivíduo e no outro que justifica a sua decisão recorrendo a jargão da década de 60 conciliado com uma invocação barranquenha a uma tradição tauromáquica. O juiz acrescenta ainda, para informação dos restantes juízes e fixando jurisprudência na matéria, o seguinte: "se for focinho também é ameaça".
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Saldanha Sanches

quinta-feira, 22 de abril de 2010
Estar chateada - Um post machista

sexta-feira, 19 de março de 2010
O Coito

domingo, 14 de março de 2010
A vida sexual de Cavaco Silva (Actualizado)
segunda-feira, 1 de março de 2010
Acordo Ortográfico
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Mário Crespo

Um amigo meu acha que é isto...
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
When you bone a woman tell her that you really want her
O "fazer amor" não passa de uma expressão forjada pelo entesoado galanteador que pretendia fazer descruzar as pernas de uma qualquer ingénua e pouco depilada donzela medieval sem ter de recorrer a um tijolo e ao, infelizmente caído em desuso, tradicional arrastar dela até umas escadas recônditas.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Não percebo nada de Futebol
Esse momento foi particularmente curto porque breves momentos após o gentil alapar do meu traseiro no frio, metálico e desconfortável banco da estação, houve um sujeito que se sentou ao pé de mim e me perguntou pelo Benfica.
Ora, há poucas coisas das quais eu percebo menos do que desse viril e patriótico jogo, no qual por vezes se canta o hino com louvores aos nossos "igreijos avós", que é o futebol.
Lentamente rodei o pescoço em direcção ao alusitanado espécime de benfiquista que tinha perto de mim (pobre em altura, rico em largura e bigode) e sem querer fazer o já tradicional franzir de ombros que resulta num olhar de desdém em relação a mim e aos livros que por vezes tenho comigo, como que dizendo: "andas na faculdade então não ligas ao desporto do povo", e decidi tentar colaborar naquele diálogo no qual eu esperava, como é tradicional em conversas deste género, que me bastasse emitir um conjunto de opiniões vagas que seriam o suficiente para permitir ao outro lado brilhar de cultura futebolística (mantendo, sempre, em mente que o último jogo do Benfica que vi tinha o João Pinto como titular).
Ora, estando numa estação ferroviária, encontrando-me eu disperso na altura da abordagem por parte do referido indivíduo e tratando-se do Benfica, foi-me, logo à partida, difícil continuar a conversa sem fazer referência ao Enke. Mas, consegui resistir bravamente ao humor de mau gosto que tantas vezes me deixa em situações embaraçosas e que teve o seu último auge no momento em que comparei o comboio das 8.30 da manhã aos de Auschwitz, acrescentando que qualquer maquinista que efectuasse o transporte das pessoas nessa época se demitiria antes de aceitar fazê-lo naquelas condições - motivo pelo qual não houve resposta à minha reclamação escrita.
Com medo de cometer uma gaffe de proporções Santanescas (quem não souber ao que me refiro, pode clicar no link e ler a resposta à 4ª pergunta, ou melhor, à 3ª pergunta porque há uma que é uma afirmação), como a outrora polémica e agora já mais morna e caricata história dos concertos de Chopin em violino.
Aproveitando este breve interlúdio, quero, desde já, referir que percebo perfeitamente porque é que Santana não sabia que Chopin não tinha concertos de violino, mas antes pensava que o nome do citado compositor constituía, isso sim, uma ordem a dar às santanetes.
Eu próprio precisei deste escândalo para descobrir que Chopin não tinha como segundo nome Teresa e não gostava, de facto, de gelados de framboesa. Em compensação descobri que tinha concertos em acordeão.
Retomando a conversa que estava a ter com o referido sujeito, confesso que me estava a sair bem até ele ter subitamente mudado o tema para a religião, sem que eu tivesse apercebido do motivo. Parafraseando o meu recém-conquistado amigo: "é com o Jesus é que nós vamos lá".
Demorei algum tempo a estabelecer a relação sináptica entre o Jesus a quem ele se referia e o Benfica. E foi então que, como que transsexual a passar pelo meio dos Super Dragões, tive uma epifania e lembrei-me de uma notícia que lera no jornal algures no Verão. Recordo-me de ter lido na capa de um qualquer jornal desportivo a seguinte manchete "Jesus demite-se". Se bem me lembro, na altura fui invadido por um profundo pânico e uma súbita vontade de começar a pilhar, por receio que o fim do mundo estivesse próximo. Como me encontrava numa área de serviço, recordo-me de quase ter pilhado uma caixa de Trident das verdes, mas acabei por pagá-las e acabou por se dar o efeito oposto.
Presumo que durante o tempo em que estive a fazer estas relações sinápticas tenha ficado com um olhar vazio e semelhante ao que faço nas aulas de Direito Processual Civil, pelo que o referido senhor se levantou e se foi embora.
Minutos depois chegou o comboio e depois da costumeira sova que implica a entrada neste em hora de ponta, consegui ter um minuto de paz algures entre a axila do senhor das obras e os espirros da senhora que não quer tirar as mãos dos bolsos. Foi então que ouvi: Então o Bento lá foi a andar ahn?
E agora, religião ou futebol?
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Kafka, Blackadder e Genitais
Bordoejando uma pélvica badalada com uma qualquer alcoolizada badocha, dei por mim numa corrente de pensamentos que me desconcentraram da sublime prestação a que acostumo as fulanas que aceitam jogar Twister horizontal comigo.
Aborrecido de meia noite com aquela actividade que nunca deveria ter ocorrido, lembrei-me que a algum momento teria de chegar aquela frase - de utilidade semelhante à de tapar a boca num bocejo no deserto - que, como que mensageiro Kevin Costneriano numa púbica batalha de qualidade semelhante à do filme a que me refiro, surge aquando do (por vezes não tão) magnífico êxtase final. Falo, naturalmente, do "tou-ma vir"
Durante essa breve cogitação tive uma espécie de uma epifania, para adicionar ao pifo com que estava a ficar do bafo a Vilarinho que a minha companheira insistia em soprar na minha direcção, e que consistia basicamente no seguinte: é estou-me a vir ou estou a vir-me?
Bem sei que a pergunta parece básica, uma vez que estamos habituados a ouvir a primeira opção, mais não seja naquelas longas noites de Inverno em que nada mais temos a não ser a perna em cima da mão para aquecer, e um reles filme brasileiro que refere a palavra gostoso mais ou menos o mesmo número de vezes que aquele gajo dos Tachos na Roça.
Porém, como é que poderemos ter a certeza de que as palavras que pronunciamos não são um mero papaguear desse dialecto aportuguesado que é gemido nos filmes a que me refiro? Esta questão revela-se da maior importância, uma vez que qualquer deslize poderá denunciar o gosto (constantemente omitido do sexo oposto) que todo o homem tem pelo subentendido género cinematográfico.
É certo que a pornografia mais recente do Brasil - para aqueles de vós que se contentam com qualquer coisinha - utiliza o verbo gozar. Mas eu não sou desses, especialmente porque gozar soa-me a gozar férias e gozar férias implica necessariamente trabalho, coisa à qual manifesto a mais profunda aversão. Refiro-me ao verdadeiro vintage brasileiro pré-alexandre-frotesco. Aquele que era filmado no tempo em que Lula da Silva era o nome típico dos seus avantajados actores principais.
É de realçar que os pensamentos que partilho convosco agora me estavam todos a passar pela cabeça aquando do genitálico biribambear potencialmente épico que me ocupava na altura.
E foi então que me surgiu na mente (sim, estou deliberadamente a evitar usar o verbo vir) uma célebre frase do Blackadder adaptada: "this is like a broken pencil... pointless". Ora, para aqueles de vós que conhecem o Blackadder, representado pelo Rowan Atkinson (vulgo, Mr. Bean), sabem que não é uma imagem agradável para se ter durante o arrebimbómalho.
Esforcei-me por dirigir os meus pensamentos para outra pessoa que não fosse um bicho, mas depois lembrei-me da Metamorfose do Kafka e do bicho que lá é descrito, o que não ajudou. Depois não consegui parar de pensar no Kafka e no absurdo, então levantei-me e saí janela fora.